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Rondonópolis lidera casos de dengue em Mato Grosso

 

Rondonópolis é o município de Mato Grosso com mais notificações de dengue em 2013. Desde o início do ano foram 1.272 casos, enquanto que no mesmo período em 2012 foram 94 notificações. Em todo o Estado foram 11.326 casos, com 3 mortes confirmadas e outras 7 em investigação.

Na cidade, os bairros Jardim Iguaçu, Alfredo de Castro, Vila Olímpia, Vila Aurora e Vila Canaã são os locais com maior incidência da doença. Entre as características que favoreceram os casos da doença estão os locais muito populosos somados ao período de férias, onde muitas famílias viajam e os criadouros do mosquito da dengue se multiplicam sem os cuidados adequados.

Rosana Zucato, coordenadora do departamento de Vigilância em Saúde de Rondonópolis explica que nem todas as notificações foram confirmadas. Dos 1.272 casos notificados, 829 foram confirmados por exames de sangue.Ela também afirma que os casos diminuíram de um mês para o outro, de 619 em janeiro para 210 em fevereiro, uma redução de 66%.

Mesmo com os casos confirmados menores do que os notificados, ainda tem maior número de casos, ficando em primeiro lugar no ranking do Estado, com a média de um caso a cada 235 habitantes. Cuiabá registrou 497 casos, Várzea Grande 108 e Sinop 39 casos.

Uma das medidas de emergência realizadas nos dois primeiros meses do ano foi ampliar os laboratórios que realizam os exames de sangue para confirmação da doença de um laboratório central para 4 unidades.

Também foram realizados 2 mutirões de limpeza. O primeiro aconteceu nos bairros e ruas, de onde foram retirados mais de 380 caminhões de lixo. Na segunda ação cerca de 10.000 terrenos baldios foram limpos para eliminar os possíveis criadouros do mosquito da dengue. Sobre os agentes de saúde houve 3 capacitações sobre a doença com médicos, enfermeiros e agentes comunitários.

Para o superintendente em vigilância de saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Juliano Silva Melo, a situação já era esperada. Com os novos casos da dengue tipo 4 ocorridas no ano passado, a tendência é que esse novo tipo se espalhasse também pelo interior de Mato Grosso.

O superintendente informou que a Secretaria Estadual de Educação orienta e monitora os municípios, que são os agentes efetivos no combate à dengue. A Secretaria também é responsável por fornecer equipamentos e remédios para o atendimento dos pacientes.

Na atual situação de epidemia, Melo afirma que o que pode ser feito é reforçar o atendimento básico de saúde para minimizar os impactos à população. Ele também lembra que a troca de gestores no começo de 2013 prejudicou muitas equipes que já realizavam ações preventivas, mas que encerraram as atividade por causa do fim do contrato. Prevenção que poderia diminuir em mais de 50% os casos é o cuidado dentro de casa. O superintendente alerta que limpar o quintal e eliminar os possíveis criadouros do mosquito da dengue podem ser feitos com atitudes simples.

Mesmo pequenos objetos podem se tornar criadouros. Os ambientes ideais tem água parada e sombra. Melo enfatiza que até mesmo tampinhas de garrafa e folhas podem auxiliar na proliferação do mosquito.

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