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Professores decidem greve em assembleia na Avenida Paulista

Professores da rede estadual de São Paulo decidiram, em assembleia realizada nesta tarde desta sexta-feira (19), na Avenida Paulista, decretar greve na categoria. A paralisação está prevista para começar na segunda-feira (22).

Os professores reivindicam maior reajuste salarial, mudanças na política de contratação de novos docentes, além de medidas contra a violência nas escolas.

O grupo chegou a ocupar totalmente a avenida na altura do Masp durante a votação. Por volta das 17h, cerca de 6 mil manifestantes caminhavam em direção à Consolação, segundo estimativa da Polícia Militar. De acordo com a organização, os manifestantes seguem rumo à Praça da República, onde fica a sede da Secretaria Estadual da Educação.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomenda que os motoristas evitem a região.

Além de docentes, estudantes também participam do protesto. Com os rostos pintados e usando nariz de palhaço, alguns alunos cantavam “o professor é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo”. O policiamento na região foi reforçado.

Sob o vão livre do Masp, representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) discursaram para os manifestantes.

De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), ainda não há dados sobre o percentual de adesão à paralisação nesta sexta. A Secretaria Estadual de Educação também não soube informar quantas escolas são prejudicadas pelo protesto, mas afirmou que as aulas ocorrem normalmente nesta sexta-feira.

Reivindicações
Tramita na Assembleia Legislativa, segundo o Sindicato, uma proposta de reajuste de 2% sobre os 6% já previstos para julho de 2013, chegando a 8,1% de reajuste total. A categoria reivindica um reajuste salarial de 36,74%. O reajuste foi enviado à Assembleia em 17 de abril pelo Governo de São Paulo.

De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, um professor que leciona para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio, com uma jornada de 40 horas semanais, recebe, por exemplo, um salário-base de R$ 2.088,27. Com o aumento, passará a receber R$ 2.257,84 em 2013. Em 2014, quando deverá ser concedido novo reajuste de 7%, os vencimentos desse professor chegarão a R$ 2.415,89. Com os novos valores, o salário dos professores de educação básica II será, ainda de acordo com a pasta, 44,1% superior ao piso nacional, que é de R$ 1.567.

A Secretaria reiterou que o Governo de São Paulo “cumpre integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público.” A pasta informou também estar “à disposição para o diálogo com as entidades sindicais, mas não abre mão de trabalhar também, e sobretudo, diretamente com seus próprios profissionais comprometidos com o avanço da qualidade de ensino.”

Outro protesto
Profissionais de saúde da rede estadual faziam, nesta tarde, uma manifestação que bloqueava inteiramente a Avenida Dr. Eneas Carvalho de Aguiar, na região dos Jardins, segundo a CET.

De acordo com a Polícia Militar, a manifestação começou por volta das 13h23. Cerca de 400 pessoas participavam do ato, às 15h20, para reivindicar aumento salarial e melhores condições de trabalho.

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