O presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, Waldir Bento da Costa (PMDB), voltou a presidir a Mesa Diretora da Casa de Leis depois de ser afastado da função pelos colegas por suspeita de improbidade administrativa ao contratar 20 servidores comissionados. Após uma semana de afastamento, o parlamentar conseguiu uma liminar na Justiça para retonar ao cargo. Na votação do requerimento, não teria sido obedecido o número mínimo de vereadores estabelecido pelo regimento interno da instituição.
Durante sessão na semana passada, o vereador Fábio Saad apresentou requerimento pedindo o afastamento de Waldir por 180 dias até que fosse investigada a contratação de 20 funcionários. Segundo ele, essas pessoas foram nomeadas para ocupar cargos que deveriam ser preenchidos por meio de concurso público. “Recebemos uma denúncia do Ministério Público Estadual e protocolamos na Casa
Na mesma data, os vereadores votaram a favor do pedido. Nesse período de uma semana, o cargo foi ocupado pelo vereador Leonardo Mayer (Pros), que demitiu os 20 servidores que teriam sido supostamente contratados de forma ilegal. “Exoneramos os 20 servidoresaté para 'enxugar' a folha e conseguimos atingir a meta, porque assim que assumi a presidência percebi que não iríamos conseguir pagar o 13º salário”, disse Leonardo. Porém, Waldir Bento se defende e alega que agiu dentro da legalidade.
Nessa semana que Waldir esteve afastado, foi criada uma Comissão Processante, formada por três vereadores, para apurar a denúncia de suposta improbidade administrativa. O presidente dessa comissão, vereador Pedro Paulo Tolares, disse que, em três dias, deve ser intimado o vereador denunciado e depois será concedido o prazo de 10 dias para que ele tenha conhecimento da denúncia e apresenta a defesa.
Sete vereadores votaram a favor do afastamento, enquanto outros três se opuseram. Os demais três parlamentares presentes se abstiveram de votar.