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Paralisação de enfermeiros e técnicos entra no segundo dia em Cuiabá

Enfermeiros e técnicos da rede particular continuam em greve nesta terça-feira (2), em Cuiabá. A categoria paralisou os serviços na segunda-feira (1º) por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos dos Serviços de Saúde (Sindessmat), que representa os hospitais, a manifestação é por reajuste salarial e redução da jornada de trabalho.

Na segunda-feira, os profissionais de 10 hospitais particulares reduziram o atendimento mas devem cumprir pelo menos 70% das equipes em atuação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e de 50% nas outras funções, conforme determinou decisão judicial obtida na última sexta-feira (28) pelo Sindicato dos Estabelecimentos dos Serviços de Saúde (Sindessmat), que representa os hospitais.

Em nota o Sindessmat informou que ofereceu reajuste de 6% no piso salarial o que significa que o salário básico dos técnicos passaria para R$ 877,23. Já dos enfermeiros passaria para R$ 1.718,71. Mas conforme o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Dejamir Soares, a proposta não deve ser aceita. “Não dá para aceitar essa negociação porque a proposta desse ano é a mesma do ano passado”, comentou Soares.

Outra reivindicação em comum é a aprovação de um projeto que tramita no Congresso Nacional. Ainda não existe uma lei que regulamenta a carga horária de trabalho e hoje os profissionais trabalham cerca de 44h, mas querem que a jornada seja reduzida para 30h.

No Pronto-Socorro de Cuiabá, nas policlínicas e nas unidades do Programa de Saúde da Família, houve uma paralisação de 6h. De acordo com o presidente, quem trabalha no município reclama da falta de estrutura e também da redução do adicional de insalubridade.

“Nós trabalhamos nos pronto-socorros e também nas policlínicas com material e equipamento sucateado. Não temos condições de trabalho e repouso. Assim como os pacientes dormem no chão, os profissionais também dormem. Nós queremos de volta o pagamento dos 40% que nos foi tirado dois anos atrás”, reclamou o presidente.

O secretário de Saúde de Cuiabá, Kamil Fares, explicou que houve uma adequação de acordo com o risco de cada área de trabalho. “Existem áreas muito insalubres que colocam realmente em risco o funcionário. Então essas áreas têm um aumento do valor de cada hora trabalhada sendo de 40%. Mas também existem as menos insalubres, mas apesar disso são áreas que não são ideais para trabalhar e têm também um aumento de 20%”, declarou o secretário.

Quanto ao pedido de uma ampliação do plano de cargos e carreiras, o secretário disse ainda que a intenção do município é efetivar mais profissionais por meio de concurso.

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