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Estilista suspeita de ex-cunhado em morte de familiares no RJ

O estilista Beto Neves, da grife Complexo B, ao chegar ao velório da mãe e da sobrinha, afirmou que suspeita que seu ex-cunhado, o advogado Michel Salim, esteja envolvido com o assassinato delas. “Eu não quero levantar falso testemunho nenhum, mas tem uma pessoa que é um psicopata, que é o ex-marido da minha irmã. Ele quer desestabilizar ela e trabalha no entorno. Então, a mãe dela e a filha dela do outro relacionamento seriam o par perfeito para isso”, afirmou ao G1 na manhã desta quarta-feira (28), no Cemitério do Maruí, em Niterói, Região Metropolitana do Rio.

“Ele tinha dois filhos com a minha irmã e nunca aceitou a separação. Ele persegue. Ele é de uma família poderosa de Niterói. Agora vamos esperar para ver o que a Justiça fala”, completou Beto Neves, ressaltando que a irmã está “enlouquecida, transtornada” com a situação.

Manuela Neves Câmara Coutinho Bouri, de 22 anos, a avó Linete Loback Neves, de 65 anos, e o noivo de Manuela, Rafany Pinheiros, de 23 anos, foram mortos dentro de casa em Venda da Cruz, em São Gonçalo, na terça-feira (27). Segundo o delegado, eles foram mortos com tiros na cabeça e estavam sobre uma cama de solteiro num quarto da casa.

O G1 não conseguiu contato com o advogado Michel Salim até a publicação desta reportagem.

Beto Neves contou que, na terça, estranhou não conseguir falar com a mãe e a sobrinha por telefone e e quando chegou à casa viu a porta aberta. “Entrei e me deparei com a cena macabra dos três mortos dentro do quarto na mesma cama. Saí do meu normal. Gritei por socorro e alguns vizinhos vieram. Foi o pior momento de toda a minha vida”, lembrou.

A polícia busca esclarecimentos sobre um histórico de desavenças familiares envolvendo Manuela, sua mãe e o ex-padrastro. Segundo o delegado Wellington Pereira Vieira, desde 2008, os três fizeram cerca de 40 registros de ocorrência por conflitos familiares e agressões em delegacias de Niterói e São Gonçalo.

Salim era esperado para depor nesta quarta-feira (28), mas não compareceu. “O ex-padrasto não vem depor porque, segundo o irmão dele, está no Nordeste, para onde viajou para comemorar o aniversário.  Vamos checar essa informação com companhia aérea e hotéis e reconvocá-lo para depor na próxima segunda. Se ele não aparecer, iremos buscá-lo”, disse o delegado Wellington Pereira Vieira, que nesta quarta-feira pretende ouvir cinco testemunhas.

Entre as testemunhas a serem ouvida nesta quarta está uma vizinha de Linete, que teria visto um homem negro descendo as escadas da casa logo após ter ouvido os disparos.

O delegado já pediu a quebra de sigilo telefônico das vítimas e de parentes próximos para tentar descobrir o motivo do crime.

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