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Eleição de 2014 em MT deve ficar R$ 5 milhões mais cara que a anterior

A estimativa da Justiça Eleitoral é gastar R$ 5,1 milhões a mais nas eleições de 2014 que no último pleito. Em 2012, o custo total das eleições foi de R$ 11,7 milhões. Agora, a previsão de despesa é de R$ 16,8 milhões. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Juvenal Pereira da Silva, justifica o aumento à inflação, aumento do dólar e aos investimentos para que todos os 2.172.227 eleitores tenham condições de votar em outubro do ano que vem, incluindo os 8.169 indígenas.

Do montante, R$ 12,1 milhões devem ser gastos com a locação de veículos, material gráfico, aluguel de local para a totalização dos votos, transporte aéreo, manuais e cartilhas, transporte de urnas, linhas de transmissão e filmagem. O restante, correspondente a R$ 4,6 milhões, deve ser com pessoal. Um total de 43 mil pessoas devem trabalhar no dia 5 de outubro, entre elas mesários e colaboradores. “O nosso objetivo é fazer com que todos possam participar das eleições”, afirmou Juvenal, nesta sexta-feira (4), durante apresentação do planejamento para a próxima eleição.

“A nossa meta, porém, é conscientizar os eleitores porque não se pode vender o voto e a valorizar o voto e a si próprio”, disse. Segundo ele, a Justiça Eleitoral ainda enfrenta dificuldades por causa da falta de recursos para investir nas eleições. Para amenizar o problema e garantir o sucesso da eleição, se faz esse planejamento com um ano de antecedência.

Nessa eleição, cada eleitor deverá custar R$ 7,71 aos cofres da Justiça Eleitoral, o que representa aumento de R$ 2,40 em relação à eleição passada. Há 20 anos, mais precisamente no pleito de 1994, essa despesa era de R$ 1,82. Nesse período, o eleitorado quase dobrou no estado.

Um dos avanços previstos para a próxima eleição é o voto biométrico em 21 municípios. Conforme o TRE, o sistema de votação possibilita ao eleitor maior segurança e transparência. A intenção é ampliar para todos os 141 municípios mato-grossenses até 2017, a partir da revisão biométrica. “Até 2020, em todo o país as eleições devem ser em urnas biométricas, mas, em Mato Grosso, queremos fazer a totalização até 2017”.

Em 2012, eleitores de sete cidades do estado votaram em urnas biométricas e, neste ano, começou a ser feita a revisão biométrica em 13 municípios. Os eleitores foram cadastrados por meio das impressões digitais para que nas eleições de 2014 possam votar em urnas biométricas. À princípio, no processo de escolha das cidades que passarão pela revisão biométrica são levados em consideração alguns critérios, como o número de eleitores em relação à população registrada pelo IBGE no município.

Investimentos nos cartórios eleitorais também estão entre as prioridades para a eleição do ano que vem. Em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, por exemplo, deve ser construído um cartório em uma área da União.

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