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Construção de PCHs trará prejuízos

O Ministério Público, por meio do Centro de Apoio às Promotorias (Caop), aponta irregularidades insanáveis na construção de dez Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), no Alto e Médio Rio Garças. Diante do laudo técnico, foi constatado que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto de Meio Ambiente (Rima), apresentados pelos empreendedores, foram desrespeitados.

 

A construção das pequenas hidrelétricas no Estado é polêmica e chegou a ser alvo de CPI instalada na Assembleia para analisar a concessão das licenças pela secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema). No documento final, do relator deputado Dilmar Dal´Bosco (DEM) foram apresentadas algumas soluções no setor energético de Mato Grosso.

 

Outro ponto que o MP destaca é a fauna e a flora, que serão drasticamente afetadas. Isso porque as PCHs acarretam uma extensão de mais de 30 km de reservatórios. Ainda consta no estudo que as usinas em cascata automaticamente matam o rio e interferem diretamente na reprodução dos peixes migratórios e na sobrevivência dos botos.

 

Além disso, as comunidades localizadas às margens do rio Garças também sofrerão as consequências, já que ele é fonte de emprego, renda e sustento de cerca de 150 pescadores profissionais e da população ribeirinha. Os indígenas da etnia bororo que há centenas de anos habitam a região serão igualmente prejudicados, já que dependem da pesca e da caça para sua sobrevivência.

 

Os estudos foram feitos por uma equipe de biólogos, engenheiro florestal e geólogo, que realizaram perícia ambiental na região. As PCHs serão construídas na região que abrange os municípios de Tesouro, Guiratinga e Alto Garças. (Com assessoria)

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