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Com greve de médicos, 150 cirurgias devem ser remarcadas em Cuiabá

Cerca de 150 cirurgias eletivas devem ser remarcadas após a paralisação dos anestesistas, que atuam no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as cirurgias serão agendadas conforme a necessidade e disponibilidade da unidade de saúde. Os médicos estão em greve há mais de uma semana, sem previsão de retomarem as atividades.

De acordo com a assessoria da secretaria, a administração municipal e a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado (Coopanest) estão em constantes negociações na tentativa de pôr fim à paralisação.

Os anestesistas que atendem no Pronto Socorro de Cuiabá pararam parcialmente os trabalhos na última segunda-feira (27). Apenas procedimentos de urgência e emergência estão sendo realizados. Na última semana 142 cirurgias eletivas tiveram que ser suspensas. Segundo o diretor da cooperativa, João Marcos Rondon, os profissionais estão com os salários atrasados há três meses, além dos contratos já estarem com os prazos vencidos. O prazo venceu em novembro do ano passado e ainda não foi renovado.

Segundo o diretor da cooperativa, em junho do ano passado, mesmo antes de acabar o período de prestação de serviço, a entidade entrou em contato com a secretaria manifestando o interesse em renovar o contrato de um ano. “A informação que recebemos era para que não nos preocupássemos, pois seria feito outro contrato em regime emergencial”.

Normalmente, entre 20 e 25 cirurgias são realizadas por dia na unidade de saúde. Contudo, desde o início da paralisação, têm sido executados apenas dez procedimentos diariamente. A maioria deles são de vítimas de acidentes de trânsito e violência, como ferimentos por arma de fogo.

A secretaria de Saúde informou, por meio de assessoria, que todas as medidas legais e administrativas necessárias estão sendo tomadas para a resolver o problema junto à cooperativa o mais rápido possível.

Atualmente, cerca de 30 anestesistas atuam no hospital, sendo oito concursados. Os outros 22 são ligados à cooperativa. Eles recebem por plantões de 12 horas. De acordo com a Coopanest, mesmo com a presença dos cooperados, a quantidade de profissionais atuando ainda é insuficiente.

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